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Postagem por andclaysf em Dec 16, 2015 13:30:24 GMT -3
Criei esse tópico para reunir as Críticas a respeito do novo Star Wars. Só peço que ao publicarem a resenha ou o link de cada crítica, que avisem se contém spoiler ou não, para não estragar a experiência de ninguém: www.centralcomics.com/2015/12/16/cinema-critica-star-wars-o-despertar-da-forca/SEM SPOLIER: ********************************************************************************** Há muito tempo atrás, numa galáxia distante. O Lado Negro Ressurge, a Guerra recomeça, o épico continua! Finn(John Boyega), Rey(Daisy Riddley), Poe(Oscar Isaac), esta é a história deles, os heróis que se Juntam a Han Solo(Harrison Ford) e Leia Organa(Carrie Fisher), nesta batalha que volta a por em risco a Galáxia. 30 Anos depois da destruição da segunda Estrela da Morte, 30 anos depois da derrota do Império, 30 anos depois da morte dos Sith, 30 anos depois do mítico “Yub Nub“(amaldiçoadas remasterizações), um novo mal assola o Universo… o seu nome? Kylo Ren(Adam Driver), herdeiro do Lado Negro da Força. Há muito que dizer sobre este filme, muita coisa que não se pode nem deve dizer, mas uma palavra para o descrever: ESPETACULAR.forceawakens1 Não é dito da boca para fora, não é a nostalgia a falar. “O Despertar da Força” é o que todos querem, algo novo e familiar, um novo ponto de entrada que não se deixa atrasar pelos conceitos introduzidos. Sabe a Star Wars, se me permitirem a analogia, e atrevo-me a dizer que é das melhores entradas na série. Certamente não é um “Regresso de Jedi“, há nuances que se perdem com o tempo, mas mantém-se um filme forte, bastante forte. forceawakens3JJ Fez o Trabalho de casa, o método é muito “Lucas“, não caindo em calúnias de CGI, coisa que é rara de apanhar neste filme. Ele optou por trazer os actores novos e o talento típico, trazer os conflitos interiores, o pacing, a importância do destino, mas mais que tudo, trazer o Universo pelo qual tantos se apaixonaram há tanto tempo. “O Velho é Novo outra vez“, foi uma expressão bastante usada, e notam-se semelhanças, mas semelhanças que disso não passam. O John Boyega não é o novo Luke Skywalker, tal como o Oscar Isaac não é o Han Solo, nem a Daisy Riddley é a Princesa Leia, e isso é óptimo, o marketing mostrou o suficiente para o filme continuar com força(isto não é um trocadilho!), e o filme deixa qualquer fã agarrado ao ecrã, à espera das “prendas” que Abrams trouxe. História forte, Actores esplêndidos, Realização soberba, Tudo bate certo! Jar Jar Abrams, ele não será! O Despertar da Força leva 5 estrelas(da morte?), com ou sem Nostalgia ao barulho! 5 ESTRELAS
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Postagem por andclaysf em Dec 16, 2015 13:54:28 GMT -3
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Postagem por Filipe fisto em Dec 16, 2015 13:56:01 GMT -3
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Postagem por andclaysf em Dec 16, 2015 13:58:45 GMT -3
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Postagem por andclaysf em Dec 16, 2015 15:33:30 GMT -3
Critica do Blogueiro Roberto Sadowski robertosadovski.blogosfera.uol.com.br/2015/12/16/star-wars-o-despertar-da-forca-e-o-filmaco-que-os-fas-esperam-ha-3-decadas/SEM SPOLIER: ********************************************************************************* J.J. Abrams conseguiu. Star Wars: O Despertar da Força é o filme da saga que os fãs mereciam. É emocionante na medida certa, equilibra bem personagens novos em folha com velhos conhecidos, e tudo acontece em função da narrativa, e não apesar dela. O motivo é bem simples. Ao contrário de George Lucas, que complicou até onde pode sua própria criatura nos três filmes da Nova Trilogia, Abrams levantou uma única questão e construiu seu Star Wars em torno dela: onde está Luke Skywalker? Três décadas depois dos eventos de O Retorno de Jedi, o que sobrou do Império foi reerguido na forma da Primeira Ordem, que tenta minar a Nova República e encontra na Resistência a única barreira. Ambos os lados do conflito buscam o paradeiro do último Mestre Jedi, determinante para o futuro da galáxia. Sua localização termina nas mãos de dois jogadores improváveis netse tabuleiro: Rey (Daisy Ridley), que vive de recuperar e vender sucata no planeta Jakku; e Finn (John Boyega), um stormtrooper que percebe que sua vida precisa de propósito. Quando os dois cruzam o caminho de um velho contrabandista (você sabe exatamente quem…), as engrenagens começam a girar, e a Força desperta de maneira surpreendente. Abrams, claro, fez sua lição de casa direitinho. Ele sabe que a platéia não está lá muito interessada na política dos lados opostos no conflito espacial: o que importa é a emoção. Star Wars, afinal, sempre foi um novelão, a história da família Skywalker, e é exatamente com este foco que o diretor traça seu filme. Por isso que O Despertar da Força, não ao acaso, surge como um greatest hits de tudo que funciona na trilogia clássica. Existe o protagonista insuspeito, jogado em um conflito maior do que ele; as batalhas espaciais em que surge, de fato, algo crucial em jogo; uma arma de proporções épicas que pode desequilibrar a balança na guerra; revelações, criaturas estranhas, mundos inóspitos, sabres de luz em conflito, sangue, suor e lágrimas Ainda assim, O Despertar da Força não é um filme perfeito. Como ponto de partida de uma nova trilogia, várias perguntas são deixadas em aberto, como o propósito de alguns personagens e o destino de outros. O piloto Poe Dameron (Oscar Issac), por exemplo, é mal aproveitado, sumindo e reaparecendo na trama de maneira abrupta. Apesar de sua vastidão, o universo também continua parecendo pequeno, com personagens se esbarrando no que muitas vezes não passa de coincidência. Mas, acredite, são pecados mínimos quando se observa no quanto O Despertar da Força acerta em cheio. Os vilões tem personalidade aos montes. Em especial, claro, Kylo Ren, que parece em conflito com qual aspecto da Força ele vai abraçar. Adam Driver lhe confere uma qualidade exótica, uma nobreza hesitante, uma imprevisibilidade que faz dele um ás na manga muito bem vindo – além de J.J. lhe tratar com mais respeito que, digamos, o supersônico Darth Maul. E nada melhor que ver Harrison Ford mais uma vez desperto em um filme. Depois de anos encarando produções que o deixavam nada confortável (inclusive Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal), aqui ele surge à vontade, em dois segundos habitando um de seus personagens icônicos com leveza e bom humor. Esse tom menos sóbrio permeia o resto do filme. Mesmo com a urgência do que está em jogo, Abrams encontra pequenos momentos em O Despertar da Força que quebram a escuridão – em especial quando Chewbacca ou o pequeno dróide BB-8 estão em cena. Ao entender a vocação dramática de Star Wars, assumindo o leme como o profissional que é, mas sem nunca deixar de agradar ao fã que existe nele mesmo, J.J. Abrams cumpriu sua missão de reintroduzir a saga com louvor. O Despertar da Força é um novo marco zero, um naco de cultura pop que já nasce destinado a durar. George Lucas pode contar seus bilhões despreocupado: sua criatura não poderia estar em melhores mãos.
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Postagem por andclaysf em Dec 16, 2015 21:48:35 GMT -3
Critica do IGN br.ign.com/star-wars-episodes-vii/13500/review/review-star-wars-o-despertar-da-forcaSEM SPOLIER: ********************************************************************************* O campeão voltou Por Pablo Miyazawa 16 de Dezembro de 2015 A sua espera acabou. Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força finalmente chegou aos cinemas. Você lerá este texto em uma das duas situações a seguir: ou assistirá ao filme nas próximas horas e não se controla mais de ansiedade; ou acabou de assisti-lo e está louco para conversar com alguém sobre isso. De qualquer maneira, este review é para você. Durante a sessão de imprensa que acompanhei na manhã de hoje, fiquei imaginando se seria possível exprimir opiniões sobre o filme sem soltar nenhuma informação essencial. Sim, é possível. Aliás, faça o seu esforço pessoal e não leia nada que possa comprometer a sua experiência completa. Há pelo menos três ou quatro informações essenciais que você só deveria saber assistindo, e não lendo spoilers no Twitter. Por isso, recomendo desligar as redes sociais antes de ir ao cinema. E faço aqui minha parte, garantindo que não contarei nada que você não precise saber. A primeira coisa a ser dita é: se você acha que sabe do que se trata O Despertar da Força a partir dos trailers, é melhor pensar novamente. Nenhum dos diversos teasers divulgados nos últimos meses oferece alguma dica objetiva do enredo. Quer dizer, dá para presumir poucos detalhes, mas não muito. Por exemplo: onde está Luke Skywalker? Pode-se imaginar que esse questionamento não se limite ao público: no filme, Luke também é um mito sobre o qual todo mundo se lembra e quer saber a respeito. Além disso, o que mais os trailers mostram? Interações emocionantes entre a sucateira Rey e o ex-stormtrooper Finn; Han Solo e Chewbacca "de volta para casa" - ou seja, a bordo da Millennium Falcon; Leia, eterna princesa, agora uma general no comando da Rebelião; e o novo vilão sombrio, Kylo Ren, cultuando o capacete derretido de Darth Vader. Posso garantir, tudo isso está em O Despertar da Força, de uma forma ou outra. O interessante é ir presenciando como essas peças se encaixam. E é ótimo concluir que J.J. Abrams executou sua árdua tarefa com louvor. A experiência agridoce com a franquia Star Trek lhe valeu uma boa carga de experiência e engrossou ainda mais sua casca de diretor de ficção científica. Apesar de confiante, ele sabia que não podia errar a mão com uma saga ainda mais amada, e para a sorte dele, não foi o que aconteceu. Suas escolhas criativas, primando pela exuberância visual e objetividade, podem ser vistas e sentidas a todo momento (e sem abusar do recurso de lens flare!). Planos grandiosos e abertos filmados em locações reais exibem um lado de Star Wars que não vimos nos filmes anteriores -- no caso da primeira trilogia, por pura falta de recursos; no caso da segunda, exatamente pelo motivo contrário, o excesso de efeitos especiais. O Despertar da Força faz uso consciente de recursos de computação gráfica, sem exageros, excessos e exibicionismo. É prazeroso assistir a um filme de fantasia que parece de fato autêntico, e não apenas embrulhado nas trucagens digitais que assolavam a maior parte dos Episódios I a III. De cara, O Despertar da Força consegue capturar a magia e o feeling dos três primeiros filmes lançados entre 1977 e 1983. Ao mesmo tempo, ele parece moderno, atual e elegante como um Star Wars para essa geração deveria ser. Talvez o maior mérito deste novo longa -- e possivelmente dos dois próximos -- é nos fazer esquecer que os Episódios I a III existiram. Um pouco daquela estética colorida e brilhante está ali, e o ritmo é um pouco menos acelerado, mas o que vemos é um produto fresco, novinho em folha, e ao mesmo tempo completamente familiar. Parece o Star Wars que conhecemos tão bem, mas cada nova cena proporciona uma surpresa que fará a alegria dos fãs nostálgicos. Se me permite uma ousadia, eu digo que seria bastante adequado se O Despertar da Força fosse o primeiro filme Star Wars a ser produzido após O Retorno de Jedi. Agora, chega a ser incrível perceber o quanto a trilogia de 1999 a 2005 hoje se parece desconectada de todo o resto. O que mais você precisa saber sobre O Despertar da Força que não atrapalhará sua experiência? Antes, as partes boas. Rey, interpretada pela britânica Daisy Ridley, é incrível e se revela a heroína que Star Wars sempre precisou. Habilidosa, atlética, carismática e dona de uma personalidade forte e crível, ela domina todas as cenas em que aparece e tem o que é necessário para se tornar um ícone da saga para as novas gerações de fãs. Se há uma certeza ao final do filme, é a de que Rey irá brilhar muito nos próximos episódios e, possivelmente, muito além desta trilogia. O restante do elenco novato também nos parece estranhamente familiar, mesmo que jamais tenhamos convivido com esses heróis antes. Poe Dameron (Oscar Isaac), mais habilidoso piloto de X-Wing da Rebelião, provavelmente irá crescer nos próximos capítulos, mas desde já mostrou ao que veio -- para velhos fãs, imagine-o como um Wedge Antilles mais afetuoso e de sangue latino. Finn (John Boyega) também é uma grata surpresa, trazendo a sua interpretação energética uma combinação de espontaneidade e alívio cômico que às vezes falta aos protagonistas dos filmes anteriores. Em se tratando de novos heróis para garantir o futuro da saga, Star Wars está muito bem, obrigado. Do lado sombrio da Força, porém, as coisas ainda estão indefinidas. O Kylo Ren de Adam Driver acaba se revelando muito mais do que um mero vilão mascarado, vestido de preto e com voz grossa (eventualmente, ele tira a máscara), mas nos proporciona mais perguntas do que respostas. Assim como Daisy Ridley, Driver se revela o grande achado masculino do elenco de O Despertar da Força, conciliando bem a crueldade e a humanidade que costumamos presenciar no grande vilão da cultura pop em todos os tempos -- ninguém menos do que Darth Vader. De uma coisa você pode ter certeza: Kylo Ren não é descartável como foi Darth Maul. E falaremos muito sobre ele (e suas motivações) nos próximos anos. Outros vilões já conhecidos de Episódio VII -- o Líder Supremo Snoke (Andy Serkis, coberto de computação gráfica), a Capitã Phasma (Gwendoline Christie) e o General Hux (Domhnall Gleeson) -- poderiam ter mais tempo de tela, mas é provável que crescerão em importância nos Episódios VIII e IX. O que é possível notar rapidamente é que a Primeira Ordem consegue ser muito mais cruel e impiedosa do que costumava ser o Império comandado por Palpatine e Vader. Aliás, a base Starkiller, que descrevo livremente como "uma Estrela do Morte encharcada de esteróides e whey protein", é capaz de fazer mais estragos do que os trailers nos deixavam imaginar. Ainda falando sobre o que funciona bem em O Despertar da Força, é preciso aplaudir a simples existência do droide BB-8, útil, carismático e totalmente sintonizado com o que representa Star Wars nos dias de hoje. Além disso, voltar a explorar os já gastos C-3PO e R2-D2 seria um pouco de forçação de barra (a velha dupla de droides aparece, mas com importância relativizada). Dito isso, é hora de falar sobre o que mais importa aos velhos fãs: qual é a importância de Luke Skywalker, Leia Organa e Han Solo nos novos filmes? De certa forma, dá para dizer que Episódio VII é um filme de Han Solo (Harrison Ford) -- o que não é exatamente uma novidade, dada a importância que ele recebeu nos trailers. Mas é a maneira como ele é retratado que talvez cause espanto ao público que não o vê em ação há mais de três décadas. É preciso lembrar que o mercenário canalha mais charmoso da galáxia agora é um homem de idade, que felizmente envelheceu sem perder a dureza e a ternura. As melhores frases de efeito saem de sua boca, e a interação fraternal que ele continua a ter com Chewbacca após tantos anos de parceria chega a emocionar. Ford merece palmas por conseguir resgatar um dos personagens mais amados da franquia e reinterpretá-lo exatamente da maneira que os fãs sonhavam em ver. Não consegui disfarçar um berro de satisfação quando Solo finalmente entrou em cena, e esse prazer é renovado a cada sorrisinho de canto de boca e frase de efeito que ele solta a cada diálogo com o elenco mais jovem. Citando uma de suas ótimas tiradas, é nessas horas que todo fã ardoroso de Star Wars realmente se sente em casa. Carrie Fisher, por sua vez, não tem muito tempo para dizer ao que veio como a agora General Leia, e parece tão cansada da guerra quanto Solo. O problema talvez seja que a persona expansiva e sarcástica que a atriz construiu publicamente ao longo dos anos agora se confunde com a faceta imponente e respeitosa de Leia. A ex-princesa passou por momentos pesados nas últimas três décadas (nem todos muito claros para o público), e isso transparece nos poucos minutos que ela tem em cena. Já Luke Skywalker (Mark Hammil) é o mito que todos buscam e relembram em O Despertar da Força, e dizer mais do que isso atrapalhará bastante a experiência de quem ainda não viu o filme. Pelo menos para mim, o maior mérito de O Despertar da Força é ser um filme que um seguidor antigo de Star Wars (como eu) não tem vergonha de dizer que adorou. Não foram poucas as vezes em que vibrei em silêncio, gargalhei ou me emocionei (de olhos molhados) por causa de alguma referência, easter egg ou pequeno detalhe que passará batido pela maioria do público, mas que farão os fãs da primeira geração pensarem "valeu por essa, J.J.". Atualmente o nerd mais respeitado dessa e outras galáxias, Abrams nos demonstra que é um dos nossos, respeitando ao máximo o produto original e a memória dos fãs. Ao mesmo tempo, ele ainda consegue nos surpreender a cada revelação e nos faz indagar o que vai acontecer depois, ou o que diabos muitas daquelas coisas significam. Aliás, talvez seja esse o maior defeito de Star Wars: O Despertar da Força: ele deixa muitas pontas soltas, até demais. Provavelmente a intenção era não revelar muito para haver o que contar nos próximos filmes. Assim mesmo, parece que o ritmo é exageradamente incessante, como se houvesse pressa de se chegar "lá". Não há longos diálogos, comuns nas duas trilogias, e há pouquíssimo espaço para aborrecidas discussões filosóficas ou políticas. É tudo direto ao ponto, sem firulas, mas com requinte e capricho notáveis. A sensação de que o filme passa rápido é verdadeira e literal: Episódio VII ultrapassa pouco mais de duas horas, mas poderia ter pelo menos 40 minutos a mais (o atual público de blockbusters na certa já está doutrinado para aguentar isso). Assunto para se explorar existe, e duvido que a plateia reclamaria de ficar um pouco mais de tempo sentada no escuro. Do lado técnico, há muito mais a ser dito. Na maioria das cenas, os efeitos especiais práticos são favorecidos em relação à computação gráfica, o que colabora para o senso de realismo e familiaridade com a trilogia original (também bastante "analógica"). Quase não há sequências em que duvidamos do que estamos vendo, como era o caso na maior parte do irritante Episódio II. O interior da Falcon Millennium permanece intacto como era em nossas memórias de infância, e as cenas no planeta desértico de Jakku reservam tomadas de tirar o fôlego. Ao mesmo tempo, há tanta novidade que será preciso assistir ao filme diversas vezes para dar conta de tudo: criaturas inéditas, sistemas planetários sobre os quais nunca tínhamos ouvido falar e toda uma nova estrutura política que o longa não se presta muito em explicar. Dessa vez, consumir os produtos paralelos -- livros, quadrinhos, games etc -- será tarefa obrigatória aos fãs que quiserem compreender para valer as intrincâncias do enredo. E falando de momentos icônicos, tudo o que esperamos ver em um filme Star Wars está presente em O Despertar da Força: há batalhas de sabre de luz apaixonadas e sangrentas, tiroteios caóticos entre rebeldes e stormtroopers e cenas de combates espacial alucinantes -- ainda mais incríveis quando acontecem em plena luz do dia, rente às superfícies dos planetas. Trata-se de uma maneira intensa e moderna de presenciar a rivalidade entre X-Wings e TIE-Fighters como só poderíamos imaginar em nossos sonhos de criança. Aliás, esse é outro aspecto em que o novo filme surpreende: enxergamos ângulos e pontos de vista inéditos, literais e abstratos, que anteriormente não foram explorados e que agora surgem cristalinos para o nosso deleite. Você saberá do que estou falando quando for sua vez de assistir. Tais ousadias também se aplicam às interessantes lutas de sabre de luz, que aqui ganham uma abordagem renovada sem perder a dignidade. E ao contrário do que a chancela Disney poderia dar a entender, esse não é um filme para crianças, ainda que não falte apelo para isso -- BB-8, Ray, Finn e até mesmo Kylo Ren são carismáticos o bastante para perdurar no universo dos action figures. Mas há doses consideráveis de violência na forma de tortura, combates corpo-a-corpo com sangue espirrando, execuções em massa, planetas devastados e até mesmo perseguições com monstros horríveis ao estilo Alien: O Oitavo Passageiro. Por essas e outras, Episódio VII é o filme mais variado de toda a saga, e talvez o mais adulto e emocional desde O Império Contra-Ataca (não adianta, jamais vou me convencer de que a bisonha transformação de Anakin em Darth Vader foi executada com a sensibilidade adequada. Imperdoável, George Lucas!). Assistir a um novo Star Wars tão completo após todos esses anos é uma experiência prazerosa e emotiva que há muito tempo o cinema não me proporcionava. A sensação é a de encontrar um baú cheio de fotos antigas que nunca vimos antes e descobrir informações sobre familiares que amamos e com quem perdemos contato há tempos. Temos diante de nós um novo exemplar da franquia mais assistida, discutida e explorada da história do cinema, e pela primeira vez não sabemos o que esperar de seus próximos capítulos. O futuro é incerto como uma página em branco esperando para ser preenchida. Ao mesmo tempo, O Despertar da Força apenas arranha a superfície das novas possibilidades de Star Wars. Poderia ser mais aprofundado e explicativo, mas é provável que essas questões mal resolvidas sejam compensadas nos próximos episódios. Por enquanto, é bem possível que você saia do cinema sabendo menos ainda do que pensava entender. E de repente, nenhuma data parece tão distante quanto 26 de maio de 2017, quando Episódio VIII chegará aos cinemas. O Veredicto Os fãs enfim podem dormir tranquilos: Star Wars: O Despertar da Força é realmente o grande filme que todo aquele hype prometeu. J.J. Abrams conseguiu a proeza de manter segredos intactos, ainda mais na era da informação abundante e instantânea, além de criar uma história que renova nossa compreensão sobre um velho universo e que torna impossível saber como a história vai se desenrolar daqui em diante. O respeito à trilogia original de 1977 a 1983 é o que faz de Episódio VII a continuação perfeita daqueles filmes, além de nos fazer esquecer que a segunda trilogia existiu. Os novos personagens convencem, apesar de a nova trama não ter sido tão bem explorada, deixando espaço para muita água rolar em Episódios VIII e IX. Se a intenção era renovar a saga mais importante da cultura pop para novas gerações e agradar um enorme contingente de fãs devotos, o objetivo foi cumprido. Parabéns, J.J. Abrams. E que venha Episódio VIII -- e que venha logo! 9.2 Star Wars: Episódio VII Incrível Com notável respeito à trilogia original e foco total em novidades, este é o filme de Star Wars que todo o fã devoto merecia. A Força sem dúvidas é forte nesse aqui. +Novos personagens funcionam +É um elo perfeito com a primeira trilogia +Direção cuidadosa +Lindas sequências de ação +BB-8 -É muito curto -Trama pouco explicada, muitas perguntas sem resposta -Certos personagens poderiam ser melhor explorados
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andclaysf
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Postagem por andclaysf em Dec 16, 2015 21:51:10 GMT -3
Critica do Omelete omelete.uol.com.br/filmes/criticas/star-wars-o-despertar-da-forca/?key=103608SEM SPOLIER: ********************************************************************************* J.J. Abrams faz a alegria dos fãs em filme que respeita o passado, mas mira no futuro 16/12/2015 - 19:37 Érico Borgo O desafio de Star Wars - O Despertar da Força era extremo. Rejuvenescener a franquia quase quarentona Star Wars, apresentando-a para uma nova geração sem esquecer dos fãs maduros, que continuam mantendo-a uma das maiores e mais lucrativas que já existiram. Mas J.J. Abrams e a equipe da Lucasfilm fizeram escolhas corretas para esse reposicionamento. Acompanhado do roteirista de O Império Contra-Ataca, Lawrence Kasdan, o diretor parte da estrutura essencial estabelecida em Uma Nova Esperança, a "Jornada do Herói" de Joseph Campbell. Rey (Daisy Ridley) é o Luke Skywalker da vez. Uma jovem abandonada em um planeta deserto, aguardando sua hora pacientemente. Um androide carregando um segredo, porém, cruzará seu caminho - assim com R2-D2 e C-3PO cruzaram o de Luke, dando início à aventura estilo ópera espacial com direito a mestres, vilões mascarados, dilemas familiares, aceitação de seu próprio destino... tudo seguindo à risca o que foi estabelecido em 1977. Até o estilo de introdução dos stormtroopers, Kylo Ren (na posição do tabuleiro que foi de Darth Vader) e a Primeira Ordem (o novo Império) é idêntica. A novidade fica por conta dos personagens jovens. Rey é a heroína que os tempos de Katniss Everdeen exigiam. Star Wars sempre teve uma personagem forte no centro, a Princesa Leia (Carrie Fisher), mas nunca deu a ela o protagonismo. Aqui, Rey é a figura ao redor da qual a trama se desenvolve. Suas cenas repercutem em vários níveis, fazendo uma inclusão que a cultura geek, hoje tão abrangente e necessitada de direcionamento pelo preconceito, precisava desesperadamente. E Daisy Ridley talvez seja a melhor atriz que já passou pela saga - já que a excelente Natalie Portman foi subaproveitada sob a direção desinteressada em atuação de George Lucas. Daisy simplesmente domina a tela. O mesmo pode ser dito de John Boyega. Ator negro, no foco dos holofotes, entregando uma mistura de pânico e alívio cômico que ele transforma em determinação intensa. É o parceiro ideal para Daisy. Do outro lado da moeda, Adam Driver tem o papel mais difícil do filme. Seu Kylo Ren é uma figura trágica, mas que tem pouco espaço para ser explorada devidamente, já que mal aparece sem o capacete. É fácil confundir seu vilão em desenvolvimento com um personagem mal-desenvolvido. Há potencial ali e muito a ser explorado nos próximos filmes. O elenco clássico é mais representado na figura de Han Solo (Harrison Ford), que faz piadas voltadas aos fãs e serve como o mentor/explicador e a figura paterna que foi Obi-Wan Kenobi (Alec Guiness) no original. Ele, Chewbacca e a Millennium Falcon estabelecem a conexão que os fãs esperavam com o passado e fornecem o desejado (e nada gratuito) fan service que honra a devoção dos seguidores da criação de Lucas. O filme não é isento de problemas, porém. E os mais graves deles também são derivados dessa necessidade de repetição. No Star Wars original e suas sequências, há uma série de soluções bastante apressadas e demasiadamente inocentes para problemas muito maiores que os protagonistas. Aqui não é diferente. No momento que a resistência da Nova República descobre a existência de uma arma capaz de fazer empalidecer a Estrela da Morte, bastam 5 minutos e a opinião de um operador de saneamento para que se descubra exatamente como destruí-la. Engenheiros distraídos continuam sendo o grande problema do Reich Espacial, aparentemente. Além disso, não há grande gravidade nos atos da Primeira Ordem - organização que apesar de seguir os passos do Império surge sem grandes explicações, algo que deve ter sido pensado para não alienar demais os potenciais novos fãs. Devastações colossais parecem corriqueiras e não têm o mesmo peso do original. A morte é sempre meio apressada em O Despertar da Força e dá pra sentir falta de Sir Alec Guiness explicando poeticamente como é sentir um "distúrbio na Força, como se milhões de vozes repentinamente gritassem em terror e fossem inediatamente silenciadas". A Força, esse componente fundamental a Star Wars, definitivamente despertou, mas ainda está esfregando os olhos. O universo Star Wars, por sua vez, segue mais vivo do que nunca na mistura espetacular de efeitos práticos e computação gráfica que J.J. Abrams fez questão de alcançar. O futuro envelhecido e gasto da Trilogia Original ressurge aqui ainda mais coberto pela pátina do tempo. Pequenas coisas, como as marquinhas de batida em um detonador termal, fazem abrir um sorriso. Tanto que sequências que carregam demais em CGI (como as que envolvem a alienígena Maz Kanata) parecem estranhas. Mérito da equipe de produção, que devolveu a qualidade palpável sobre a qual Star Wars foi construído. Problemas à parte, Star Wars - O Despertar da Força é o Guerra nas Estrelas que esperávamos desde O Retorno de Jedi. Um filme que honra o passado, enche o peito para lidar com o presente e estabelece uma base sólida para o que virá a seguir... inspirando juntos os fãs antigos e, esperamos, uma nova geração. Nota do crítico (Ótimo) críticas de Filmes 4 ovos
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andclaysf
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Postagem por andclaysf em Dec 16, 2015 22:03:06 GMT -3
Critica do Adoro Cinema www.adorocinema.com/filmes/filme-215097/criticas-adorocinema/SEM SPOLIER: ********************************************************************************* A força acordou De Lucas Salgado A figura paterna sempre foi um elemento importante em Guerra nas Estrelas. Foi assim no primeiro filme e é assim neste novo. De certa forma, George Lucas foi o pai não só de Star Wars, mas também de todo um universo geek que nasceu após este. Apesar de Jar Jar Binks, Greedo atirando primeiro, midclorians e tudo mais, Lucas terá sempre o carinho dos fãs e dos apaixonados pelo cinema fantástico. Star Wars - O Despertar da Força - FotoMas agora é hora de falar do novo pai, o adotivo: J.J. Abrams. Não bastasse ter feito Alias e Lost, não bastasse ter feito um belo filme que celebrava o cinema infantil dos anos 80 (Super 8), não bastasse salvar as franquias Missão Impossível e Star Trek, agora Abrams assume a responsabilidade de dirigir Star Wars - O Despertar da Força e devolver à franquia todo o clima da trilogia original, lançada entre 1977 e 1983. Ou seja, há mais de 30 anos. E o melhor é concluir que ele conseguiu. Assim como vez com Star Trek, Abrams conseguiu criar um novo episódio que fizesse justiça ao original, mas que também oferecesse algo novo. É claro que o fã da franquia já ficaria satisfeito só de rever caras conhecidas, como Han Solo, Leia, Chewie e muitos outros, mas vai ficar muito mais feliz ao receber novos personagens para se apaixonar. A trama inicia muito anos após o visto em O Retorno de Jedi. A queda de Darth Vader e do Império levou ao surgimento de uma nova força sombria, a Primeira Ordem. Eles procuram por Luke Skywalker, poderoso Jedi que está recluso há anos. Ao mesmo tempo, a Ordem tem seu domínio ameaçado pela Resistência, liderada por Leia, que também procura pelo irmão. Antes de gritarem por SPOILER, saiba que esta informação é apenas a sinopse do filme e está presente já nos letreiros iniciais da produção. Como de costume no AdoroCinema, pode deixar que não vamos revelar nada importante por aqui. E acredite, tem muita coisa importante no filme. Neste sentido, é importante valorizar os produtores por guardarem algumas surpresas (e que surpresas!) para o longa, não revelando tudo nos trailers, teasers, clipes e tudo mais. Talvez tenha sido vídeos em excesso, é verdade, mas ao menos muita coisa ficou para o filme. Star Wars - O Despertar da Força - FotoÉ difícil não se emocionar ao ver Harrison Ford e Carrie Fisher como Han e Leia. Vê-lo na Millenium Falcon é algo realmente especial. A atriz também se mostra muito confortável como líder da resistência, como lá no primeiro longa, de 1977. Mas mesmo os veteranos contando com um espaço considerável do coração do público, é importante destacar os dois novos protagonistas Daisy Ridley e John Boyega. O material promocional já prometia personagens interessantes, mas é mais que isso, são personagens que gerações irão amar daqui para a frente, como foi com a Trilogia Original e não foi com a Nova Trilogia. Ridley é a heroína do século XXI. Junto com a Furiosa de Charlize Theron (Mad Max: Estrada da Fúria) chega para mostrar de uma vez por todas que mulheres têm sim lugar no cinema de ação. Leia talvez tenha sido uma das primeiras personagens femininas fortes do cinema de ficção e é interessante ver Star Wars mais uma vez marcando presença neste sentido. Trata-se de uma heroína natural. Forte, inteligente, ágil e não precisa ser conduzida ou salva por um homem, mostrando isso repetidas vezes em cena. Já Boyega é uma espécie de alívio cômico da produção, mas não é um palhaço. Star Wars sempre teve humor e Finn representa bem este elemento, seja por frases engraçadas, seja pelo desespero com que lida com algumas situações. Do lado da Primeira Ordem, surge o temido Kylo Ren (Adam Driver), um vilão complexo e muito bem desenvolvido. Instável, ele deseja seguir os passos de Vader. Por outro lado, a Capitã Phasma (Gwendoline Christie) tem uma participação menos importante e interessante do que prometia. Oscar Isaac, Lupita Nyong’o e Domhnall Gleeson completam o novo time. A atriz vencedora do Oscar por 12 Anos de Escravidão está numa personagem totalmente digital, mas demonstra uma grande expressividade, sem falar no trabalho de voz. Rei dos personagens digitais, Andy Serkis também está presente, mas não diz muito a que veio num papel que deve ganhar destaque mais para a frente. Star Wars - O Despertar da Força - FotoOs fãs ficarão em êxtase ao encontrar com naves e robôs conhecidos, como C3PO e R2D2, mas também irã se encantar com o novo BB-8 que é meio que uma mistura de R2D2 com Wall-E em uma versão mais bonita. O principal mérito de Abrams e da equipe técnica foi criar o visual do filme. Os efeitos especiais são incríveis e são várias as cenas de ação, mas o mais importante é que os efeitos não são tão artificiais quanto nos episódios I, II ou III, ou das modificações posteriores na Trilogia Original. O diretor parece mais interessado em criar um mundo que seja plausível, embora repleto de criaturas, naves e tudo mais, do que ficar colocando criaturas digitais gigantes por todos os cantos. Desculpa, George! Abrams geralmente trabalha com a mesma equipe, mas ele teve a sabedoria de reconhecer que não existe Star Wars sem John Williams. Não só é incrível ouvir o tema original ou o de Leia e Han, mas os novos temas também se destacam, principalmente o de Rey, no início do filme. The Force Awakens (no original) une bem os sentimentos de nostalgia e empolgação pelo novo, tem momentos bem delicados e batalhas épicas, além de muitas referências ao primeiro filme (Episódio IV). As citações não estão apenas nos atores, mas também em sequências parecidas. O final é muito bom, de deixar o espectador segurando a poltrona e abre um grande caminho para o Episódio VIII. Se o novo longa tem um defeito talvez seja este de não se fechar em si próprio. Uma Nova Esperança foi o primeiro longa de uma trilogia, que na verdade era o quarto de seis filmes. Ainda assim, o público tinha melhor a sensação de conclusão. No mesmo sentido, a obra de Abrams deixa muita coisa para explicar sobre a trama em si, como a origem da Primeira Ordem e o desfecho dos personagens originais. É legal criar mistério, mas é frustrante ficar enrolando o espectador. A solução é esperar até 2017. O título prometia o despertar de uma força, mas não é apenas a Força que o filme desperta. Ele também acorda um sentimento chamado Guerra nas Estrelas que estava apagado há quase 33 anos. Os prelúdios podem ter ajudado a vender mais brinquedo, mas não passaram perto de fazerem justiça a toda história pregressa. O Episódio VII não só faz justiça, como oferece uma continuidade. E vida longa a Star Wars! Nota: 4,5 estrelas
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Postagem por andclaysf em Dec 16, 2015 23:20:41 GMT -3
Critica da Isabela Boscov (Ex-critica da revista Veja) www.youtube.com/watch?v=YqvG5hTZPjESEM SPOLIER: *********************************************************************************
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Postagem por andclaysf em Dec 16, 2015 23:25:47 GMT -3
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Postagem por andclaysf em Dec 16, 2015 23:39:26 GMT -3
Critica do site Uol cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2015/12/16/desculpa-mundo-novo-star-wars-e-melhor-que-o-imperio-contra-ataca.htmSEM SPOLIER: ********************************************************************************* Desculpa, mundo! Novo "Star Wars" é melhor que "O Império Contra-Ataca" -por Diego Assis Do UOL, em São Paulo - 16/12/2015 Bem escrito, bem dirigido, com um elenco afinado e efeitos impecáveis. Deixando de lado relativizações históricas ou paixões pessoais de cada um, não seria exagero dizer que "O Despertar da Força", sétimo episódio da saga "Star Wars" que chega nesta quinta (17) aos cinemas de todo o mundo, é o melhor que já foi feito. Ponto. Melhor porque entrega ao espectador de hoje a experiência cinematográfica completa: enche os olhos com batalhas de sabre de luz ou combates aéreos de tirar o fôlego, intriga com uma história com objetivo claro e coerente, e diverte com tiradas bem-humoradas e muitas, muitas referências ao imaginário coletivo da saga endereçadas especialmente aos fãs de gerações mais velhas. Para usar uma expressão cara a George Lucas, idealizador da série, ainda que não seu melhor condutor a julgar pelos três fracos episódios que comandou entre 1999 e 2005, "O Despertar da Força" é o poder do próprio mito em ação. Se é possível dizer, sem medo, que o episódio VII é o mais redondo até agora, também é impossível não admitir que ele não funcionaria sem o estrago (no bom sentido) que os três capítulos daquela que é considerada a Trilogia Clássica - "Uma Nova Esperança" (1977), "O Império Contra-Ataca" (1980) e "O Retorno de Jedi" (1983) - fizeram na cultura pop nos últimos 30 anos. Assim, o que o diretor JJ Abrams fez, nesta nova e bem azeitada aventura, foi revirar cada pedacinho de mitologia do material original guardado no inconsciente do público, assoprar a poeira e reposicioná-los em um tabuleiro novinho em folha - turbinado pela verba infinita da Disney, que desde 2012 é dona do espólio, e principalmente pelas possibilidades que o cinema digital tem a oferecer nesta segunda década do século 21. Diferentemente dos filmes mais antigos que, vistos hoje, necessitam de uma dose de boa vontade para fazer vista grossa a criaturas mal-ajambradas ou "defeitos" especiais próprios da época, em "O Despertar da Força" não há saltos no escuro: com ajuda do 3D e uma sala de cinema com som poderoso, é possível imergir, espreitar-se e equilibrar-se nos cenários clássicos da saga, é possível sentar no cockpit de uma nave de combate X-Wing, é possível acreditar. Outra vantagem "dos tempos" parece estar no próprio trabalho de atuação da novíssima geração. Mais uma vez, se no clássico "Império Contra-Ataca" o fã vibra com meia dúzia de frases mecânicas e mecanizadas de um vilão como Darth Vader - afinal, ele é meio-homem, meio-máquina, está dominado pelo lado negro da Força, blá-blá-blá... -, aqui não é preciso dar esse desconto para preservar nossa preciosa memória afetiva. Interpretado por Adam Driver (da série "Girls"), ator que é a cara da geração hipster da TV e do cinema atual, o novo vilão Kylo Ren tem mais coração, mais sangue correndo nas veias e, por isso mesmo, mais conflitos internos. Que a gente sabia que Vader também tinha, mas não necessariamente via na tela. Não custa lembrar que o über-vilão da saga original levou 6 anos para tirar a máscara - e só o fez à beira da morte -, enquanto que Kylo Ren não pensa duas vezes antes de mostrar a sua verdadeira face diante da primeira provocação. Significa. Espírito dos novos tempos Também extremamente contemporâneos, os personagens Rey (Daisy Ridley) e Finn (John Boyega) são outro acerto indiscutível do novo longa. Ela, uma catadora de lixo aguerrida e obstinada, é a heroína sob medida para o novo feminismo que atrai e empodera meninas pelo Brasil e pelo mundo, das escolas e periferias ao mercado de trabalho e às redes sociais. Ele, um stormtrooper em crise de pânico (tão século 21!), que apesar de tudo tira forças para correr riscos e buscar algo pelo que lutar. Se a grita de conservadores, misóginos e racistas já era grande diante dos primeiros trailers, antes da estreia do primeiro longa, podem apertar os cintos que essa dupla veio para ficar, causar e talvez incomodá-los ainda mais - no grande novelão que "Star Wars" também nunca deixou de ser, não seria de estranhar se eles formassem um lindo casal inter-racial. Mas alto lá! Antes que os fãs mais antigos comecem a apontar os canhões de laser contra este texto, é claro, é óbvio, que o mérito da turma de 2015 não tira, em absoluto, a importância e o carisma dos personagens clássicos. Para quem viu os trailers, não chega a ser spoiler dizer que Han Solo (Harrison Ford) e Leia (Carrie Fisher) vão voltar, com cabelinhos brancos e algumas ruguinhas a mais, mas com a mesma química e familiaridade de sempre. As primeiras aparições de cada um na tela foram recebidas com aplausos entusiasmados e até algumas lágrimas escorrendo pelos olhos do público de sortudos que conferiu a pré-estreia do filme, na noite desta terça (15), em São Paulo. O retorno dos icônicos androides C-3PO e R2-D2 e do wookie Chewbacca também vem em grande estilo, com participações fundamentais para o desenrolar da trama e diálogos em línguas incompreensíveis, mas entendidas, ruído por grunhido, por quem se deixa entregar à história. Conhecedores mais profundos da saga --que não se encerra nos sete filmes, mas estende-se por décadas de quadrinhos, animações, livros, games etc.-- possivelmente vão encontrar pelos de wookie em ovos, mas realmente é difícil apontar um ponto negativo de "O Despertar da Força" a julgar pelo que se vê na tela. Depois dos altos e baixos de "Lost" e das adaptações apenas corretas de "Star Trek", JJ Abrams provou, de uma vez por todas, que tem a Força. É uma pena que ele já afirmou que não vai dirigir os episódios VIII e IX, mas deixou um belo ponto de partida para quem assumir o comando dessa nave daqui para a frente. Ampliar
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Postagem por marcelojedi em Dec 17, 2015 11:28:13 GMT -3
Criei esse tópico para reunir as Críticas a respeito do novo Star Wars. Só peço que ao publicarem a resenha ou o link de cada crítica, que avisem se contém spoiler ou não, para não estragar a experiência de ninguém: www.centralcomics.com/2015/12/16/cinema-critica-star-wars-o-despertar-da-forca/SEM SPOLIER: ********************************************************************************** Há muito tempo atrás, numa galáxia distante. O Lado Negro Ressurge, a Guerra recomeça, o épico continua! Finn(John Boyega), Rey(Daisy Riddley), Poe(Oscar Isaac), esta é a história deles, os heróis que se Juntam a Han Solo(Harrison Ford) e Leia Organa(Carrie Fisher), nesta batalha que volta a por em risco a Galáxia. 30 Anos depois da destruição da segunda Estrela da Morte, 30 anos depois da derrota do Império, 30 anos depois da morte dos Sith, 30 anos depois do mítico “Yub Nub“(amaldiçoadas remasterizações), um novo mal assola o Universo… o seu nome? Kylo Ren(Adam Driver), herdeiro do Lado Negro da Força. Há muito que dizer sobre este filme, muita coisa que não se pode nem deve dizer, mas uma palavra para o descrever: ESPETACULAR.forceawakens1 Não é dito da boca para fora, não é a nostalgia a falar. “O Despertar da Força” é o que todos querem, algo novo e familiar, um novo ponto de entrada que não se deixa atrasar pelos conceitos introduzidos. Sabe a Star Wars, se me permitirem a analogia, e atrevo-me a dizer que é das melhores entradas na série. Certamente não é um “Regresso de Jedi“, há nuances que se perdem com o tempo, mas mantém-se um filme forte, bastante forte. forceawakens3JJ Fez o Trabalho de casa, o método é muito “Lucas“, não caindo em calúnias de CGI, coisa que é rara de apanhar neste filme. Ele optou por trazer os actores novos e o talento típico, trazer os conflitos interiores, o pacing, a importância do destino, mas mais que tudo, trazer o Universo pelo qual tantos se apaixonaram há tanto tempo. “O Velho é Novo outra vez“, foi uma expressão bastante usada, e notam-se semelhanças, mas semelhanças que disso não passam. O John Boyega não é o novo Luke Skywalker, tal como o Oscar Isaac não é o Han Solo, nem a Daisy Riddley é a Princesa Leia, e isso é óptimo, o marketing mostrou o suficiente para o filme continuar com força(isto não é um trocadilho!), e o filme deixa qualquer fã agarrado ao ecrã, à espera das “prendas” que Abrams trouxe. História forte, Actores esplêndidos, Realização soberba, Tudo bate certo! Jar Jar Abrams, ele não será! O Despertar da Força leva 5 estrelas(da morte?), com ou sem Nostalgia ao barulho! 5 ESTRELAS
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Postagem por andclaysf em Dec 17, 2015 11:31:29 GMT -3
Crítica do Jornal "o Globo" - Por sérgio rizzo o globo | 08:49h | 17.dez.2015 rioshow.oglobo.globo.com/cinema/eventos/criticas-profissionais/star-wars-o-despertar-da-forca-11837.asSEM SPOLIER: ********************************************************************************** O sabre que nunca se apaga Imagine um treinador campeão do mundo pelo Flamengo e, depois, pelo Fluminense — ou na ordem inversa, tanto faz. Seria ídolo de duas nações arquirrivais. É mais ou menos uma proeza dessa magnitude que o produtor, diretor e roteirista J.J. Abrams (de “Lost”) já alcançou aos 49 anos. Primeiro, ele revitalizou a franquia “Star Trek” com dois longas-metragens (lançados em 2009 e 2013) que trazem os personagens da série original dos anos 1960 na juventude e que recriam, com detalhismo e esperteza, a mitologia do universo clássico de ficção científica criado por Gene Roddenberry. Agora, com “O despertar da Força”, ele pula a cerca para explorar um quintal adversário, o universo de fantasia espacial lançado por George Lucas em 1977. Mais uma vez, entrega um produto que respeita cuidadosamente as coordenadas de origem, ao mesmo tempo em que não se deixa prender a elas. Em resumo: mais do mesmo, com algum charme, novidades e liberdades poéticas. Na cronologia dos filmes para cinema, a história de “O despertar da Força” vem depois das aventuras de “O retorno de Jedi” (1983). Abrams se esmera, inclusive, na textura da imagem e nos cortes, para dar a impressão de que filmou a continuação logo em seguida. O encaixe da trama é redondo: Luke Skywalker (Mark Hamill), o último cavaleiro jedi, está desaparecido, e todos — a Resistência, apoiada pela República, e também a turma do lado de lá da Força — querem localizá-lo. Novos personagens são agregados à busca, com destaque para uma jovem órfã (Daisy Ridley) e um soldado negro (John Boyega). “Star Wars” agora é Disney, e a Disney preza o politicamente correto porque sabe que ele evita dissabores e rende frutos. Essa e outras características do cinema do nosso tempo aparecem na retomada, como as cenas de ação, mas o esforço em retomar a atmosfera dos anos 1980 leva a situações incomuns em megaproduções de aventura no século XXI. Por exemplo: “O despertar da Força” começa com um texto (texto!) enorme correndo na tela, como sempre, e um volume de informação inicial que não cabe em um tuíte. Depois, personagens e as subtramas são apresentados com relativa calma, e demora um pouco até que o circo pegue fogo — um tempo imenso na comparação com filmes como “Mad Max — Estrada da Fúria” BONEQUINHO APLAUDE SENTADO
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Postagem por andclaysf em Dec 17, 2015 11:42:31 GMT -3
Crítica do Jornal Zero Hora - Por: Gustavo Brigatti 17/12/2015 - 05h05min zh.clicrbs.com.br/rs/entretenimento/noticia/2015/12/um-star-wars-para-unir-geracoes-4932682.htmlSEM SPOLIER: ********************************************************************************** Um "Star Wars" para unir gerações "O Despertar da Força" apela para o passado para agradar aos fãs mais antigos, mas reserva espaço de sobra para quem está chegando agora Rey (Daisy Ridley) é uma catadora de sucata do deserto. Ela tira seu sustento dos destroços de antes poderosos cruzadores imperiais e mora na carcaça de um antigo AT-AT. Rey é a protagonista de Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força, filme que retoma a saga iniciada por George Lucas há quase 40 anos com exatamente esse propósito: ligar o passado com o presente apontando para o futuro. Essa trama vai sendo tecida aos poucos pelo diretor J. J. Abrams. Primeiro, ele apresenta os novos rostos, já conhecidos de fotos de divulgação e pôsteres: os mocinhos Rey e Finn (o excelente John Boyega) e o vilão Kylo Ren (Adam Driver). Da mesma forma que a criançada de hoje (ou seja, o público alvo do filme), o trio parece conhecer muito pouco das antigas guerras nas estrelas, embora a memorabilia daquela época não lhes seja totalmente estranha. Kylo Ren, por exemplo, é um discípulo fervoroso de Darth Vader e guarda consigo a máscara destruída do Lorde Sith – embora pouco tenha ouvido falar do antigo déspota. Nas mesma situação estão Rey e Finn, que protagonizam cenas emocionantes (e muitas vezes hilárias) ao interagir com alguns ícones da saga, como as naves Tie Fighter e Millennium Falcon e os sabres de luz – cujas disputas são menos acrobáticas, puxando para o ritmo da trilogia clássica. Fãs lotam sessões de pré-estreia em Porto Alegre A ligação com os filmes antigos é reforçada ainda pela participação de personagens dos três primeiros filmes, os protagonistas Han Solo (Harrison Ford), a ex-princesa e agora General Leia (Carrie Fisher) e Luke Skywalker (Mark Hamill). Também entram no pacote de nostalgia de Abrams os robôs R2-D2 e C-3PO e o wookie Chewbacca. Todos com atuações mais ou menos importantes, mas colocados ali justamente para dar esse ar de passagem de bastão – uma passagem que a Disney, dona da franquia desde 2012, quer fazer com segurança. Daí não apenas a presença de figuras conhecidas, mas de uma estrutura de filme bem parecida com o original. Novamente temos uma força militarista comandada por uma figura sombria, que construiu uma arma de destruição em massa e precisa ser detida por um grupo de abnegados. Numa subtrama paralela, alguém é tentado para um dos lados da Força enquanto outro está em busca de respostas. Dá para chamar o roteiro de preguiçoso ou de cauteloso, dependendo do seu humor.Em ambos os casos, O Despertar da Força é feito sob medida para agradar os antigos fãs e começar a conquistar novos adeptos – missão que, como a gente sabe, não é apenas do cinema, mas de uma bem azeitada máquina de merchandising. Não dá para esperar mais do que isso de Star Wars.
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Postagem por andclaysf em Dec 17, 2015 11:49:49 GMT -3
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